sexta-feira, maio 27, 2005
O Sonho de um homem!!! - Mateus 3:1-12
Martin Luther King – disse: “I have a dream…”
Uma criança, sozinha, olhava para a imensidão do céu negro, e fitava aquela lua, clara iluminada. E sonhou: “Um dia vou caminhar na lua!” Essa criança, Neil Armstrong – Tinha o sonho de um dia poder andar na lua. Que grande alegria deve ter sentido quando por fim o seu sonho foi realizado. Andar na lua.
Todos nós sonhamos, o Pr. Paulo Pascoal disse algum tempo atrás “Temos de sonhar, os sonhos de Deus”.
Na Bíblia temos muitos exemplos de sonhadores:
Noé sonhou com uma geração, rendida aos pés do Senhor Deus.
Paulo sonhou com povo de Deus, Judeus e Gentios, adorando juntos ao Eterno Rei.
Simeão e Ana sonharam com o Messias prometido.
E houve um homem que teve um sonho, este era um homem estranho, vivia numa terra seca e sem esperança. As suas vestes eram estranhas, feitas de pele de animal. A sua alimentação ainda mais estranha insectos e mel, a pele seca, desidratada e maltratada pelo sol. Por companheiro tinha o vento. Virou as costas à civilização desde a mais tenra idade, estava preparado para morrer, e os seus ossos, de certo ficariam num canto qualquer.
Mas o homem estranho do deserto, sonhava como qualquer ser humano.
Só que o seu sonho era tão grande, que lhe roubava a tranquilidade. Ele sonhava com alguém que não só conhecia os conflitos e as misérias sociais, mas que mudaria o mundo.
Certo dia parou de sonhar e começou a agir.
Nas margens do rio começou a falar dos seus sonhos e das mazelas da humanidade.
Seria de esperar que um homem rude e louco (vivia no deserto), fosse por todos ignorado, mas ele era eloquente e ousado, falava aos gritos. Os seus ouvintes tremiam ao ouvi-lo. As suas palavras não traziam consolo, mas expunham as feridas, criticava erros, injustiças, manipulação dos grandes sobre os pequenos a hipocrisia religiosa. Muitos como os fariseus ficaram abalados por este discurso.
Este homem, julgava a falsa postura reinante, nunca ninguém o tinha feito, mas o homem do deserto não tinha compromissos com a sociedade, não tinha que se importar com o status, não tinha interesses apenas queria ser fiel ao seu sonho.
Pela primeira vez na história, alguém colocou uma alcunha aos religiosos da época, “raça de víboras”, chamava carrascos aos religiosos da época, porque aprisionavam as pessoas no seu mundo de vaidades e falsas verdades. Faltava-lhes o amor.
Mas o homem do deserto, era tão ousado que afrontou até o cruel Herodes Antípodas, tal ousadia saio-lhe cara tempos mais tarde foi decapitado.
Mas ele não se importava de morrer, queria ser fiel à sua consciência.
O seu nome João Batista. Por fora era mais um João, mas por dentro um homem que queria virar o mundo de cabeça para baixo.
João inaugurou a era da honestidade da consciência. Algo que se perdeu nos nossos dias actuais, na qual a aparência vale mais do que o conteúdo. Pode-se estar doente por dentro mas se houver fama e dinheiro há valorização.
Usando apenas as ideias João afrontou, o sistema religioso e politico. As suas ideias contagiaram muitos, ao ouvi-lo as pessoas mudavam a sua mente e os seus pensamentos.
Persuadidas por ele, entravam nas águas do Jordão e saíam de lá para escrever uma nova história.
Gotas de esperança corriam agora no rosto destas pessoas, o sorriso havia voltado.
As multidões ficavam fascinadas com este homem, e quando todos o valorizavam, e o colocavam nas nuvens.
João menciona enfim, o homem dos seus sonhos, o homem que por noites a fio ocupara a sua mente.
As pessoas ficaram paralisadas.
Havia alguém maior que o corajoso João?
Então João diz algo estranho acerca deste homem dos seus sonhos, afirmou que ele não era digno sequer de desatar as sandálias deste homem.
Quem era este homem, a que João dera um status que nenhum rei havia tido?
No seu conceito, aquele que durante décadas, ele aguardara no deserto e que não conhecia pessoalmente, era o Filho do Deus Altíssimo, visitando a humanidade.
O autor da existência enviara o seu Filho para ter a maior experiência, vivenciar a vida humana, esquadrinhar cada área da mente, cada beco do consciente, cada emoção.
O homem do deserto era um enigma, e o homem dos seus sonhos era uma caixa de segredos.
João nasceu e cresceu fora do sistema social, não estava contaminado pelas vaidades, arrogâncias e injustiças desse sistema. Quando veio para o sistema, condenou. O caminho que ele fora incumbido de preparar não era físico, era o caminho do coração humano.
João era um tractor sem freios que veio arar os solos compactados da alma humana, preparando-a para receber o mais fantástico, delicado e gentil semeador: Jesus de Nazaré.
O semeador da vida desejava desempenhar um papel jamais alcançado pela ciência, transformar a personalidade humana.
Para Jesus a humanidade não era um projecto falido, apesar das guerras, assassinatos e loucuras sociais, Ele investiu toda a sua vida nesse projecto, o Mestre da Vida, queria atingir um alvo que os tranquilizantes e os anti depressivos mais modernos não conseguem atingir.
Ele não veio reformar o homem, dar um manual de conduta ou produzir uma paz temporária.
Jesus veio para mudar o homem de dentro para fora, um novo coração uma nova vida e mentalidade, que por fora todos poderão ver.
O Homem do deserto tinha este sonho, e nós com que sonhamos?
O homem do sonho de João Batista, é hoje o homem do sonho de milhares de pessoas.
João representava os mais frágeis raios solares que inauguravam o mais belo amanhecer.
Este amanhecer trazia o seu sonho à realidade da vida. Cristo o Filho de Deus, veio ao mundo e esteve entre nós. Raio a luz, Jesus veio salvar e resgatar as nossas vidas.